Poema do cansaço


De repente percebo, ora
que desencanto seco
Nessa longa estrada
Sem sentido sem concertos

De ferrenha estrada estreita
Milhões de passos caminham
Com seus espelhos
Todos em função de desempenho

Fartos de si mesmos
Em cada instante, em cada passo
Sempre o mesmo
Olho esse mundo e me desaconchego

Não quero tantos espelhos
Não quero tanto de mim
Não quero essa estrada
Mas se não pertenço a ela…
pertenço a nada?

Filipe Zoppo





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